Estado de Emergência da Coronoviana por Tânia Tomé. Por favor leia e partilhe.Fique em casa, faça a sua parte.
“Estado de Emergência da Coronoviana por Tânia Tomé”
No inicio de tudo isto, não dei muita importância. Porque com o aprendizado do uso de tempo de qualidade, habitue-me na minha rotina a não dar especial atenção aos “Trends” de noticias que vão acontecendo, nas redes, especialmente negativas, para não afetar a qualidade dos meus pensamentos diários e o meu foco. Eu estava distraída, quando a OMS emitiu o primeiro alerta para a doença em 31 de dezembro de 2019, depois que autoridades chinesas notificaram casos de uma misteriosa pneumonia na cidade de Wuhan, sétima maior cidade da China com 11 milhões de habitantes. Mas parece que a distração era coletiva, já que todos estávamos no bailado da entrada do ano, o maravilhoso 2020. A origem da transmissão para os humanos remonta em hipóteses corelacionadas com animais marinhos, mas outras pesquisas identificam a cobra e o morcego como potenciais transmissores. Para os menos especializados coube-nos no “Whatsapp” montanhas de vídeos de chineses comendo morcegos. E mesmo nesse tempo eu continuava distraída, querendo estar distraída por conta própria, e não ligando nenhuma ao assunto. Abri um vídeo, e ignorei os tantos outros, como tenho hábito de fazer, se não existir uma fundamentação útil. Eu não entendia nada, e parece que eu também não queria entender.
Minha principal indagação era porque que o assunto era relevante, se a China tinha e têm uma experiência milenar em comer todo tipo de animais, a nossos olhos até os mais “estranhos”. Porque só agora é que iria surgir o vírus? A pergunta não queria calar. Mesmo estando consciente que o vírus remonta ao ano de 1960, e que esta é uma nova variedade- 2019- nCoV. Eu me perguntaria: Porquê agora? Enquanto eu ainda continuava tonta e relaxada das épocas festivas, na mesma altura segunda as mesmas fontes a primeira morte surgiria a 9 de Janeiro de 2020 e era um homem chinês de 61 anos que tinha pneumonia grave e morreu após paragem cardíaca. Segundo os primeiros relatórios reportados a média de idades era 75 anos. Os sintomas? febre, tosse, dificuldade em respirar e falta de ar. E em casos mais graves, registro de pneumonia, insuficiência renal e síndrome respiratória aguda grave. Minha indagação continuava firme, se os mais idosos, regra geral tem a saúde mais debilitada e um sistema imunitário fragilizado e é bastante comum que saiam fragilizados com viroses. Afinal o que faria o corona vírus tão especial? Continuei achando interessante o tipo de questões colocadas e a “viralização” mediática do vírus. E veio do Brasil a famosa questão: É um vírus que vem pra ficar ou vai ‘desaparecer’? Continuei em franca recordação, recordando as famosas epidemias da Gripe A, Zika, Èbola que mataram muita gente e outras que não dei tempo de conhecer, porque eu estava distraída por conta própria.
Continuei em analise, sobre as diversas teorias e informações no mercado, desde médicos dizendo que estamos a dar demasiada importância, que há doenças que causam muito mais mortes. Até aos holofotes emergentes do alarme geral e global de “estado de emergência”. Em continua analise, chegou a vez da economia. Afinal quem mais se beneficiaria com a economia emergente do CoronaVirus? E aí li de tudo, analisei e questionei. Desde tudo indicar que eventualmente a China sairia beneficiada, já que a real intenção seria assustar o mundo, de tal forma, que investidores e accionistas ocidentais de empresas chinesas, sairiam ferozmente dessas empresas com receio de perder dinheiro, já que a cotação na bolsa das mesmas, também estaria em corrida descendente. Como a China ganharia? recomprando e reinvestindo nas mesmas empresas, e retomando o controlo mundial de suas próprias empresas. Bem acho que não seria apenas este o ganho, já que as necessidades de segurança, também criariam o bailado da economia da base de dados por um lado, bem como a criação de tecnologias emergentes para fazer uso e gestão dessa informação. China estaria aprender muito bem a filosofia dos seus principais competidores. Aliás aprendi quando estava fazer o curso de economia, do meu professor de dinâmica económica: “China sabe imitar bem, e fazer ainda melhor”, este é o primeiro passo para os passos subsequentes da inovação. Minha distração ficou distraída e entrei para o bailado desta economia, e pensava como a mediatização do “terrorista chines” havia entrado em nossas cabeças. Não apenas na forma como os negócios dos chineses estavam a ser globalizadamente fechados, sem perspectivas futuras. Mas como eventualmente cruzar com um “Chines” seria, imediatamente pensar no “CoronaVirus”, e pior do que isso, pensar no pior, ser infectado e afectado, com o pior que pode existir: O incerto.
Quem benificiária mais com isto? Os competidores continuarão a investir em produtos e serviços para fazer face aos problemas de segurança. Existirão largos fundos para promover tecnologias e plataformas para recolhas de mais dados mundiais. Mais fobia, mais controlo. Continuaria a ser seguro pensar numa clara vontade de criar estimulo a produção local de certos países, sem depender da competência global da china em produzir os produtos do mundo inteiro. As empresas seriam agora obrigadas a desenrascar, com custos claramente mais elevados e fazer localmente suas próprias trocas e transações comerciais. Aprendi algures ainda em negócios, que vale “criar problemas, para vender soluções”. Em qualquer dos cenários possíveis, a preparação de “longo prazo” da China, continuará a deixar a China onde ela sempre esteve e estará. A China continuará a ser China, com ou sem “coronavirus”. Continuará com seus bilhões de pessoas e continuará a produzir. E se for para produzir internamente seu próprio mercado é suficiente e basta o bastante para ser intitulado de: “o mercado global”. Mas que eu não fique distraída, porque o “CoronaVirus” já matou mais de 65,878 pessoas no mundo, e existem hoje casos de infecção de mais de 1,218,991 mil pessoas. “Lavar as mãos e desinfecta-las, e aperfeiçoar as regras de segurança como analisar o nível da temperatura do corpo, continua a revelar-se imperioso. Serra Leoa onde estou a trabalho revela muito de ser experiente, estão fazendo coisas simples, mas bem feitas. Tive que parar minha distração, quando o bailado começa também a afectar-me, porque estou em viajem de trabalho entre países, e começo também a dar conta que estou no mercado, e nada alheia a tudo que está acontecer. Entre aeroportos e aviões, o clima que se vê é o vazio emergente da recessão. Menos circulações de pessoas, e é menos de verdade, menos turismo, menos negócios, menos vendas, enfim a economia vira economia de verdade: Gestão de recursos escassos. Mas enquanto se economiza por um lado, poupando para investir, por outro emergem negócios e negócios lucrativos, invisíveis a “olho nú”. Sempre se disse que onde há problemas há oportunidades, depende inteiramente da perceção. Como o próprio nome indica perceber e agir. E na crise há quem fique bilionário, agora ou depois. E neste processo todo, pergunto-me? Qual é a música? Qual é a música que toca para os ouvidos africanos? O bailado emergente da economia Coronoviana? Não sei.
Acho que continuamos a dançar ao som dos batuques. Não sei se é bom ou não, mas em algum momento nossos espíritos têm que acordar e levantar para o mundo.
Ps: Evitem espaços de concentração geral, sigam as regras de prevenção geral amplamente propagadas. Bebam muito chá com limão e mantenham-se em ambientes com temperaturas regulares e não frias.
Por Tânia Tomé
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